Pomba gira é uma entidade espiritual da umbanda, que se manifesta incorporada em um médium. É a mensageira entre o mundo dos orixás e a terra.
A umbanda, uma religião brasileira com origens africanas, foi trazida para o Brasil pelos escravos de origem bantu,
é caracterizada por vários rituais. A pomba gira está fundamentada como
arquétipo criado a partir da bombogira, originária dos cultos africanos
de Angola.
Com o tempo a entidade construiu um arquétipo de
mulher liberada, exibicionista, provocante, e livre das convenções
sociais e passou a ser chamada de pomba gira. Segundo a umbanda a pomba gira é um espírito da luxúria, sendo que todos os prazeres desse mundo lhes são agradáveis.
Segundo
alguns sacerdotes, a pomba gira é um espírito de mulheres que em vida
foram prostitutas, ou mulheres ligadas aos prazeres das coisas carnais, e
que ao morrer se transformaram em entidades espirituais que voltaram
para evoluir ajudando os outros.
A pomba gira é especializada em
amor e relacionamentos por ser a orixá do trono do desejo e dos
estímulos. É vista como a personificação das forças da natureza, que
equivale à força feminina de Exu – orixá guardião do comportamento
humano, das casas, das aldeias etc.
As cores predominantes da
pomba gira são o vermelho e o preto. É representada com saias rodadas,
blusas rendas, colares, flores e muitos enfeites. Suas oferendas
preferidas são o champanhe, o vinho, a pinga, o espelho, as bijuterias,
batons etc.
Para muitos a pomba gira veio para construir um
arquétipo forte, poderoso e subjugado do machismo ostentado por Exu e
todos os homens vaidosos de sua força e poder sobre as mulheres.
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