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O VERDADEIRO EXÚ DE UMBANDA

Há que se entender de uma vez por todas que Umbanda e Candomblé são religiões absolutamente distintas, que guardam muito mais diferenças do...

sábado, 10 de dezembro de 2016

NO SILÊNCIO DA PRECE

Pelo Espírito André Luiz. Psicografia de Francisco Cândido Xavier. Livro: Opinião Espírita. Lição nº 59. Página 191. Em ti, no silêncio da prece mental, sem que tenhas necessidade de ver ou perceber, em sentido direto, o coração bate sem cessar na cadência admirável da vida. Movimenta-se o sangue, por mil canalículos diversos. Intestinos trabalham independentes de tua vontade sustentando-te a nutrição. Pulmões arfam revolvendo o ar que te envolve. Impulsos nervosos eletrizam-te a imensa população celular do cérebro. Miríades e miríades de unidades de vida microscópica palpitante na concha da boca. Em torno de ti, no silêncio de tua prece, os átomos se agitam em vórtices intermináveis na estrutura material da roupa que te veste e dos sapatos que te calçam. A eletricidade vibra esfuziante por quilômetros e quilômetros de fios, transformando-se, não longe de ti, em força, luz e calor. Milhares de criaturas humanas num perímetro de algumas léguas em derredor, falam, cantam e choram sem que ouças. Outros milhões de vozes em dezenas de idiomas, nas ondas hertzianas, entrecruzam-se à tua volta sem que as registres. Raios sem conta chovem sobre ti sem que lhes assinales a presença. Inúmeros fenômenos meteorológicos se sucedem em toda parte, sem que consigas relacioná-los. O planeta faz giros velozes carregando-te, em paz e segurança, sem que tomes qualquer conhecimento disso. Igualmente, no silêncio de tua prece, acionas vasto mecanismo de auxílio e socorro na atmosfera que te rodeia, comparável a imenso laboratório invisível. O teu influxo emocional dirige-se além de teus sentidos para onde te sintonizes, através de insondáveis elementos dinâmicos. Não descreias da oração por não lhe marcares fisicamente os resultados imediatos. O firmamento não é impassível porque te pareça mudo. No silêncio de tua prece mental, podes expressar até mesmo com mais veemência do que num discurso de mil palavras, o hino vibrante do amor puro, a ecoar pelo Infinito, assimilando no âmago do ser a Divina Luz, que te sublimará todos os anseios e esperanças, na renovação do destino.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Falando em conduta mediúnica... ADAPTADO DO TEXTO SOBRE Conduta Moral, Espiritual e Física dos médiuns dentro da corrente astral de Umbanda. Texto extraído do livro: “Mistérios e Práticas na Lei de Umbanda” W.W da Matta e Silva: 1 – Manter dentro e fora da Tenda, isto é, na sua vida espiritual ou religiosa particular, conduta irrepreensível, de modo a não suscitar críticas, pois qualquer deslize neste sentido irá refletir na sua Tenda e mesmo na Umbanda, de modo geral. Ninguém é perfeito e a Espiritualidade sabe disso, assim como tbm sabe de nossas tentativas de melhorar e, é daí que advém nossos méritos: do esforço constante em ser melhor, mais humilde, mais solidário, mais amoroso, etc... TUDO O QUE FAZEMOS FORA DA TENDA INTERFERE DENTRO DO DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL. 2 – Procurar instruir-se nos assuntos espirituais elevados, lendo o Evangelho, livros indicados, bem como assistindo palestras ou fazendo cursos nesse sentido. Busque alimentar seu espírito com conhecimento que enobrece a tua alma. Estude! Leia, conheça e guarde em seu Espírito o que for mais apropriado para o teu crescimento. QUANDO O ESPÍRITO ABSORVE, A VIDA É EXEMPLO. SEJA EXEMPLO E NÃO PALAVRA. A ISSO CHAMAMOS DE COERENCIA. 3 – Conservar sua saúde psíquica, vigiando constantemente, o aspecto moral. O equilíbrio da sua mediunidade depende disso. Pois, para a espiritualidade nada escapa à Lei de Atração – “diz-me com quem andas e te direi quem és...” poderia muito bem ser “diz-me o que pensas, sentes, fazes e falas e te direi com que vais andar”. 4 – Não julgar que seu protetor ou sua entidade é o mais forte, o mais sabido, muito mais “tudo” que o do seu irmão, médium também. Ninguém é dono de Entidade, de Linha ou etc. Eles, nossos mentores de verdade, sabem que também estão em aprendizado e respeitam isso nos encarnados e desencarnados. USE RESPEITO E CUIDADO QUANDO FOR FALAR DELES (SR, SRA, SEO, DONA). APRENDA A SAUDÁ-LOS ADEQUADAMENTE. 5 – Não viva querendo impor seus dons mediúnicos, contando, com insistência, os feitos de seus guias ou protetores. Lembre-se de que tudo isso pode ser problemático e transitório e não esqueça de que você pode ser testado por outrem e toda essa conversa vaidosa ruir fragorosamente. Mesmo que você queira aprender ou entender melhor o que ocorre lembre-se de pensar antes de perguntar. Existe um tempo necessário a compreensão de tudo o que existe. Dominar a ansiedade também é dominar o Ego. ACABOU O TRABALHO, ACABOU A CONSULTA. 6 – Dê paz a seu protetor no astral, deixando de falar tanto no seu nome, isto é, vibrando constantemente nele. Assim, você está se fanatizando e “aborrecendo” a entidade e, claro BANALIZANDO A FUNÇÃO MEDIÚNICA E O OBJETIVO MAIOR DA RELIGIÃO. 7 – Quando for para a sua sessão, não vá aborrecido e quando chegar lá, não procure conversas fúteis. Recolha-se a seus pensamentos de paz, fé e caridade pura para com o próximo. Concentre-se, mantenha silêncio. A Tenda deve ser um espaço também de cura de seus filhos, mas não um balde de lamentações que são despejadas sem noção do efeito. LEMBREM-SE: O SILÊNCIO TAMBÉM É PRECE! 8 – Lembre-se sempre de que sendo você um médium considerado “pronto” ou em desenvolvimento, é de sua conveniência tomar banhos de descargas ou propiciatório determinados por seu guia ou protetor, se for médium em desenvolvimento, procure saber quais os banhos e defumadores mais indicados, que poderá ser dado pela direção do terreiro. Seja responsável por sua limpeza, por sua vibração. Isso também é o “zelar do santo”, do “santo que te rege, te orienta e protege” – Seu pai e mãe Orixás. Os banhos podem ser feitos durante a semana, para a manutenção do equilíbrio e da higienização astral do médium, NÃO SENDO EXCLUSIVIDADE DO DIA DO TRABALHO. 9 – Não use guias ou colares de qualquer natureza sem ordem comprovada de sua entidade protetora e responsável direta – Comando Astral da Gira. Isso serve para todos os acessórios que o médium “intui”. Cuidem com o animismo vicioso e com a predominância do Ego (SEU E DE QUEM QUER QUE SEJA). 10 – Não se preocupe em saber o nome do seu guia ou protetor antes que ele julgue necessário e por seu próprio intermédio. É de toda conveniência também para você, não tentar reproduzir, de maneira alguma, qualquer ponto riscado que tenha impressionado dessa ou daquela forma. O tempo rege tudo e as informações que chegarão para o médium, virão no momento em que a Espiritualidade entender que ele está minimamente maduro. 11 – Não mantenha convivência com pessoas más, viciosas maledicentes, etc... Isto é importante para o equilíbrio de sua aura e dos seus próprios pensamentos. Tolerar a ignorância não é compartilhar delas... Para não alimentar isso é que se pede que evitem conversações paralelas (ti-ti-tis) dentro do espaço da Tenda. O que ocorre fora da Tenda não é de responsabilidade dos que fazem parte da Tenda, mas é de responsabilidade de quem fala, pensa ou age. CUIDEM COM EMAILS, REDES SOCIAIS, RODAS DE CONVERSA, ETC. 12 – Acostume-se a fazer todo o bem que puder, sem visar às recompensas. Não se pede ou se lembra a quem quer que seja da “importância” da ajuda da sua Entidade nesse ou naquele caso. Não se pede “obrigado”, não se barganha com a caridade espiritual. RELIGIÃO NÃO É POLÍTICA, MEDIUNIDADE NÃO É MOEDA DE TROCA, CARIDADE NÃO É COBRANÇA – EM NENHUM SENTIDO. 13 – Tenha ânimo forte através de qualquer prova ou sofrimento. Aprenda a esperar e confiar... dominar o gênio imaturo, ansioso, rebelde é trabalho pra uma Vida inteira. Então respire, reflita e busque aprender a esperar. Isso inclui entender que Umbanda e mediunidade não são assuntos de roda de conversa em bares, festas, corredores, etc... respeitem a espiritualidade que conta conosco. 14 – Não tema a ninguém, pois o medo é prova de que você está em débito com sua consciência. Respeite e busque entender e aceitar as suas limitações, mas lute para superá-las. 15 – Lembre-se sempre de que todos nós erramos, pois o erro é da condição humana e, portanto ligado a dor, a sofrimentos vários e, conseqüentemente, às lições, com suas experiências... Sem dor, sofrimento, lições e experiências não há Karma, não há humanização nem polimento íntimo. O importante é que não se erre mais. Ou não cometer os mesmos erros. MAS NÃO SE ESCONDA NA IGNORÂNCIA, BUSQUE TER CONSCIÊNCIA DE SI E MUDAR. 16 – Zele por sua saúde física, com uma alimentação racional e equilibrada. Não abuse de carnes, fumo e outros excitantes, principalmente o álcool. Isso inclui os elementos de trabalho das entidades (fumo e álcool) dentro do trabalho. 17 – Nos dias de trabalhos, regule a sua alimentação e faça tudo para se encaminhar a sessão espiritual, limpo de corpo e espírito. LEVE O APRENDIZADO COM A ESPIRITUALIDADE PARA A SUA VIDA, MAS NÃO TRAGA A SUA VIDA – VÍCIOS, IDEOLOGIAS, ETC. PRA DENTRO DA TENDA. 18 – Tenha sempre em mente que, para qualquer pessoa, especialmente o médium, os bons espíritos somente assistem com precisão, se verificarem uma boa dose de humildade ou de simplicidade no coração. A vaidade, o orgulho e o egoísmo cavam o túmulo do médium. CUIDADO COM CARAS E BOCAS, GESTOS E TREJEITOS EXAGERADOS. NÃO ESTAMOS BRINCANDO DE INTERPRETAR ENTIDADES. 19 – Aprenda lentamente a orar confiando em Jesus, o Regente do planeta Terra. Cumpra as ordens ou conselhos de seu Guia ou Protetor. Ele é seu grande amigo e somente trabalha para a sua felicidade. Respeitem o seu Comando, quem quer que ele seja ou bata a cabeça e siga seu caminho. 20. Respeite a sua hierarquia de trabalho, respeite sua religião, sua Casa e sua corrente. Você tem todo o direito de não concordar com o que ocorre, converse a respeito com seu dirigente direto. LEMBRE-SE TODOS SOMOS LIVRES PARA IR E VIR. TORNE A SUA PERMANÊNCIA EM QUALQUER RELIGIÃO OU CASA UM ATO VERDADEIRO, ÉTICO E CONSCIENTE. “Na Umbanda você encontrará a Luz. Na Umbanda você encontrará a Fé, a Esperança e a Caridade. Agora, se esses não são os seus objetivos, por favor, não atenda ao chamado da Umbanda. Você ainda não está preparado.” Lembremos que somos responsáveis por nossa mediunidade e isso requer, algum sacrifício, muito esforço, bastante disciplina, além de tempo, estudo, paciência e humildade. Trabalho para, pelo menos, uma Vida inteira, com certeza.

sábado, 23 de abril de 2016

entidades e falanges

Entidade é o nome dado a todos os espíritos que estão em determinada faixa de vibração astral que atuam dentro da Umbanda. Conforme seu grau de evolução espiritual, esses espíritos são levados a fazer parte de uma falange (agrupamento de espíritos), a fim de atuarem, aprenderem e evoluírem espiritualmente. Lá eles permanecem até a possível volta para uma reencarnação ou a evolução para um plano espiritual superior. São as entidades que incorporam nos rituais de Umbanda, uma vez que os Orixás não incorporam. A função das entidades pertencentes às falanges é justamente vir à Terra e executar o trabalho ordenado pelo Orixá. São as entidades os portadores da força divina que correspondem aos Orixás. As entidades que trabalham na Umbanda se apresentam em dois graus hierárquicos, a saber: -Guias (que podem ou não ser chefes de falange ou de legião) - Protetores. A cada falange corresponde a vibração original de um Orixá. As outras seis falanges deste Orixá correspondem ao cruzamento de sua energia original com a dos demais. Um exemplo de como ocorre esse cruzamento entre as linhas de Umbanda é a linha de Ogum Beira-Mar, que vem a ser o cruzamento da linha de Ogum com a de Iemanjá. Quando um médium trabalha com uma determinada entidade, ele não trabalha com um único espírito. O que ocorre é que todos os espíritos que constituem determinada falange atuam numa única faixa vibratória com a qual penetram na faixa vibratória do médium,. Em outras palavras, os espíritos não trabalham isoladamente, mas “em falange”, todos numa única vibração. Isso explica porque podemos encontrar entidades de mesmo nome atuando em locais diferentes à mesma hora, ou até mesmo no mesmo local. As entidades trabalham em multiplicidade, cada uma conservando o nome e as características do chefe da falange que compõem. Embora não seja muito comum, é possível acontecer que um mesmo espírito, embora seja uma só vibração, venha em diversas falanges, com diferentes nomes, conforme sua missão espiritual. Um espírito de certo grau de evolução pode se desdobrar na vibração, ou seja, aumentá-la ou diminuí-la, obviamente que dentro de um certo limite preestabelecido. Desta forma, essa entidade pode se apresentar ora numa faixa, ora em outra. Por exemplo: Se ela atua normalmente sob a linha do Oriente, pode num desdobramento de vibração, apresentar-se na forma de um caboclo, embora conserve também suas características essenciais. Isso ocorre em virtude de uma despersonalização do espírito, ou seja, ele se despoja das características individuais de suas encarnações, já que as entidades de umbanda estão acima de uma identidade individual. Não utilizando, portanto, as entidades os nomes de batismo na Terra, já que há muito transcenderam sua individualidade. Existe ainda uma outra subdivisão, que diz respeito à faixa etária das entidades. Desse modo, temos as crianças, os adultos e os velhos. Por exemplo: podemos ter uma criança de Xangô, um Caboclo de Oxossi e um Preto Velho de Oxalá. Outro tipo de entidade que se apresenta na Umbanda são os Exus, agentes mágicos que trabalham transmutando a magia no plano astral, os quais, infelizmente, são muitas vezes conhecidos erroneamente com conotações pejorativas. As entidades, conforme sua faixa vibratória, dividem-se em várias falanges: OS CABOCLOS São entidades, em sua maioria, de indígenas desencarnados que, depois de centenas de anos no plano astral, resolveram abraçar o novo movimento religioso de Umbanda. Trabalham na caridade como verdadeiros conselheiros, ensinando o amor ao próximo e a natureza, tendo como missão principal o ensinamento da espiritualidade e o encorajamento da fé. Os Caboclos trouxeram para a Umbanda toda a magia dos Pajés, a defumação pelos charutos e cachimbos, e o poder milagroso das ervas que são passadas para banhos de limpeza e chás para a parte física; ajudam na vida material com trabalhos de magia positiva, limpam a nossa aura e proporcionam uma energia de força que irá auxiliar e encorajar o nosso espírito preparando-o para que consigamos o nosso objetivo. Os Caboclos de Umbanda são entidades simples e através da sua simplicidade passam credibilidade e confiança a todos que os procuram, seus pontos riscados, grafia sagrada dos Orixás, traduzem uma forte magia, é através desses pontos que são feitas limpezas e evocações de elementais e Orixás para diversos fins. Nos seus trabalhos de magia costumam usar pembas, (giz de várias cores imantados na energia de cada Orixá), velas, geralmente de cera, essências, flores, ervas, frutas, charutos e incenso. Sua saudação: “Okê Caboclo, Okê Bambi Ôcrim” OS PRETOS VELHOS A linha é um todo, com suas características gerais, mas diferenças ocorrem porque os Pretos-Velhos são trabalhadores de Orixás e trazem para sua forma de trabalho a essência da irradiação do Orixá para quem eles trabalham. Usam ervas em seus trabalhos de magia e principalmente para rezar as pessoas. Da mesma forma que os Caboclos, os Pretos Velhos usam cachimbos para limpeza espiritual, jogando sua fumaça sobre a pessoa que esta recebendo o passe e limpando a aura de larvas astrais e energias negativas. Essas diferenças são evidenciadas na incorporação e também na maneira de trabalhar e especialidade deles. Para exemplificar, separaremos abaixo por Orixás: Pretos-Velhos De Ogum São mais rápidos na sua forma incorporativa e sem muita paciência com o médium e as vezes com outras pessoas que estão cambonando e até consulentes.São diretos na sua maneira de falar, não enfeitam muito suas mensagens, as vezes parece que estão brigando, para dar mesmo o efeito de “choque”, mais são no fundo extremamente bondosos tanto para com seu médium e para as outras pessoas.São especialistas em consultas encorajadoras, ou seja, encorajando e dando segurança para aqueles indecisos e “medrosos”. É fácil pensar nessa característica pois Ogum é um Orixá considerado corajoso. Pretos-Velhos De Oxum São mais lentos na forma de incorporar e até falar. Passam para o médium uma serenidade inconfundível. Não são tão diretos para falar, enfeitam o máximo a conversa para que uma verdade dolorosa possa ser escutada de forma mais amena, pois a finalidade não é “chocar” e sim, fazer com que a pessoa reflita sobre o assunto que está sendo falado. São especialistas em reflexão, nunca se sai de uma consulta de um Preto-Velho de Oxum sem um minuto que seja de pensamento interior. Às vezes é comum sair até mais confuso do que quando entrou, mas é necessário para a evolução daquela pessoa. Pretos-Velhos De Xangô Sua incorporação é rápida como as de Ogum. Assim como os caboclos de Xangô, trabalham para causas de prosperidade sólida, bens como casa própria, processo na justiça e realizações profissionais. Passam seriedade em cada palavra dita. Cobram bastante de seus médiuns e consulentes. Pretos-Velhos De Iansã São rápidos na sua forma de incorporar e falar. Assim como os de Ogum, não possuem também muita paciência para com as pessoas. Essa rapidez é facilmente entendida, pela força da natureza que os rege, e é essa mesma força lhes permite uma grande variedade de assuntos com os quais ele trata, devido a diversidade que existe dentro desse único Orixá. Geralmente suas consultas são de impacto, trazendo mudança rápida de pensamento para a pessoa. São especialistas também em ensinar diretrizes para alcançar objetivos, seja pessoal, profissional ou até espiritual. Entretanto, é bom lembrar que sua maior função é o descarrego. É limpar o ambiente, o consulente e demais médiuns do terreiro, de eguns ou espíritos de parentes e amigos que já se foram, e que ainda não se conformaram com a partida permanecendo muito próximos dessas pessoas. Pretos-Velhos De Oxossi São os mais brincalhões, suas incorporações são alegres e um pouco rápidas. Esses Pretos-Velhos geralmente falam com várias pessoas ao mesmo tempo. Possuem uma especialidade: A de receitar remédios naturais, para o corpo e a alma, assim como emplastros, banhos e compressas, defumadores, chás, etc… São verdadeiros químicos em seus tocos. – Afinal não podiam ser diferentes, pois são alunos do maior “químico” – Oxossi. Pretos-Velhos De Nanã São raros, sua maneira de incorporação é de forma mais envelhecida ainda. Lenta e muito pesada. Enfatizando ainda mais a idade avançada. Falam rígido, com seriedade profunda. Não brincam nas suas consultas e prezam sempre o respeito, tanto do médium quanto do consulente, e pessoas a volta como: cambonos e pessoas do terreiro em geral e principalmente do pai ou da mãe de santo. Cobram muito do seu médium, não admitem roupas curtas ou transparentes. Seu julgamento é severo. Não admite injustiça. Costumam se afastar dos médiuns que consideram de “moral fraca”. Mais prezam demais a gratidão, de uma forma geral. Podem optar por ficar numa casa, se seu médium quiser sair, se julgar que a casa é boa, digna e honrada. É difícil a relação com esses guias, principalmente quanto há discordância, ou seja, não são muito abertos a negociação no momento da consulta. São especialistas em conselhos que formem moral, e entendimento do nosso karma, pois isso sem dúvida é a sua função. Atuam também como os de Inhasã e Obaluaiê, conduzindo Eguns. Pretos-Velhos De Obaluaiê São simples em sua forma de incorporar e falar. Exigem muito de seus médiuns, tanto na postura quanto na moral. Defendem quem é certo ou quem está certo, independente de quem seja, mesmo que para isso ganhem a antipatia dos outros. Agarram-se a seus “filhos” com total dedicação e carinho, não deixando, no entanto, de cobrar e corrigir também. Pois entendem que a correção é uma forma de amar. Devido à elevação e a antiguidade do Orixá para o qual eles trabalham, acabam transformando suas consultas em conselhos totalmente diferenciados dos demais Pretos-Velhos. Ou seja, se adaptam a qualquer assunto e falam deles exatamente com a precisão do momento. Como trabalha para Obaluaiê, e este é o “dono das almas”, esses Pretos-Velhos são geralmente chefes de linha e assim explica-se a facilidade para trabalhar para vários assuntos. Sua “visão” é de longo alcance para diversos assuntos, tornando-os capazes de traçar projetos distantes e longos para seus consulentes. Tanto pessoal como profissional e até espiritual. Assim exigem também fiel cumprimento de suas normas, para que seus projetos não saiam errado. Para tanto, os filhos que os seguem, devem fazer passo a passo tudo que lhes for pedido, apenas confiando nesses Pretos-Velhos. Gostam de contar histórias para enriquecer de conhecimento o médium e as pessoas a volta. Pretos-Velhos De Yemanjá São belos em suas incorporações, contudo mantendo uma enorme simplicidade. Sua fala é doce e meiga. Sua especialidade maior é sem dúvida os conselhos sobre laços espirituais e familiares. Gostam também de trabalhar para fertilidade de um modo geral, e especialmente para as mulheres que desejam engravidar. Utilizando o movimento das ondas do mar, são excelentes para descarregos e passes. Pretos-Velhos De Oxalá São bastante lentos na forma de incorporar, tornam-se belos principalmente pela simplicidade contida em seus gestos. Raramente dão consulta, sua maior especialidade é dirigir e instruir os demais Pretos-Velhos. Cobram bastante de seus médiuns, principalmente no que diz respeito a prática de caridade, bom corpontamento moral dentro e fora do terreiro, ausência de vícios, humildade; enfim o cultivo das virtudes mais elevadas. Obs: O tratamento poderá ser substituído por Vovô ou Tio, por Tia. OS BOIADEIROS São espíritos de vaqueiros, posseiros, capatazes, cangaceiros e espíritos afins. Sabem que a prática da caridade os levará a evolução, trabalham incorporados na Umbanda, Quimbanda e Candomblé. Fazem parte da linha de caboclos, mais na verdade são bem diferentes em suas funções. Formam uma linha mais recente de espíritos, pois já viveram mais com a modernidade do que os caboclos, que foram povos primitivos. Esses espíritos já conviveram em sua ultima encarnação com a invenção da roda, do ferro, das armas de fogo e com a prática da magia na terra. Saber que boiadeiros conheceram e utilizaram essas invenções nos ajuda muito para os diferenciarmos dos caboclos. São rudes nas suas incorporações, com gestos velozes e pouco harmoniosos. Sua maior finalidade não é a consulta como os Preto-velhos, nem os passes e muito menos as receitas de remédios como os caboclos, e sim o “dispersar de energia” aderida a corpos, paredes e objetos. É de extrema importância essa função, pois enquanto os outros guias podem se preocupar com o teor das consultas e dos passes, existe essa linha “sempre” atenta a qualquer alteração de energia local (entrada de espíritos). Quando bradam alto e rápido, com tom de ordem, estão na verdade ordenando a espíritos que entraram no local a se retirar. Assim, “limpam” o ambiente para que a prática da caridade continue sem alterações, já que a presença desses espíritos muitas vezes interfere nas consultas de médiuns conscientes. Esses espíritos atendem a boiadeiros pela demonstração de coragem que os mesmos lhes passam e são levados por eles para locais próprios de doutrina. Outra grande função de um boiadeiro é manter a disciplina das pessoas dentro de um terreiro, sejam elas médiuns da casa ou consulentes. Costumam proteger demais seus médiuns nas situações perigosas. São verdadeiros conselheiros e castigam quem prejudica um médium que ele goste. “Gostar” para um boiadeiro, é ver no seu médium coragem, lealdade e honestidade, aí sim é considerado por ele “filho”. Pois ser filho de boiadeiro não é só tê-lo na coroa. Trabalham também para Orixás, mais mesmo assim, não mudam sua finalidade de trabalho e são muito parecidos na sua forma de incorporar e falar, ou seja, a energia emanada pelo Orixá para quem trabalha é apenas um critério interno e obrigatório dentro do próprio “Ori” – pois na verdade todos são braços de Omulú. Exemplificando essa idéia: Um boiadeiro que trabalhe para Ogum é praticamente igual a um que trabalhe para Oxossi, apenas cumprem ordens de Orixás diferentes, não absorvendo, no entanto, as características deles. Dentro dessa linha, a diversidade encontra-se na idade dos boiadeiros. Existem boiadeiros mais velhos, outros mais novos, e costumam dizer que pertencem a locais diferentes, como regiões por exemplo: Nordeste, Sul, Centro-Oeste, etc… Dentre muitos Boiadeiros, citamos: Boiadeiro na Jurema, Lajedo, Boiadeiro do Rio, Carreiro, Boiadeiro do Ingá, Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João Boiadeiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro e Boiadeiro do Chapadão, etc … Sua saudação: “Xetro Marrumbaxêtro”, “Minakêto Navizála” AS CRIANÇAS As almas de crianças que comparecem nos Terreiros de Umbanda são criaturas infantis que desencarnaram em tenra idade. Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade. Dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa. As almas das Crianças desencarnadas e habitantes de planos astrais ligados à Umbanda estão em correlação direta com os princípios que regem o Orixá Ibeji de pureza e inocência, não tendo o seu caráter contaminado por hábitos ou vícios inferiores. É uma falange de espíritos que assumem em forma e modos, a mentalidade infantil. Como no plano material, também no plano espiritual, a criança não se governa, tem sempre que ser tutelada. Normalmente, as Crianças de Umbanda vêem acompanhadas de um Preto-Velho que tem a responsabilidade por seu comportamento durante as Giras. As festas em homenagem ao Orixá Ibeji são feitas com muita alegria, doces, comidas, bolos, brinquedos e brincadeiras. É a única linha em que a comida de santo – Amalá, leva tempero especial – açúcar. É conhecido nos terreiros de Nação e Candomblé, como êres. Na representação nos pontos riscados, a Criança na Umbanda é livre para utilizar o que melhor lhe aprouver. A linha de Ibeji é tão independente quanto à linha de Exu. Os pedidos feitos às Crianças nos rituais de Umbanda são uma tradição. As Crianças, na maioria das vezes, atendem aos pedidos feitos, tendo uma força muito grande no Plano Astral para que consigam, juntamente com as outras entidades da Umbanda que os consulentes tenham seus pedidos satisfeitos. As Crianças não gostam de desmanchar demandas, nem de trabalhar nas desobsessões. Trabalham nas consultas, onde enquanto essa se desenrola trabalham modificando e equilibrando a vibração do consulente, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano. Tais entidades demonstram em suas atitudes sua pureza, mas identificam as falhas e os vícios dos encarnados. Não se calam em suas consultas e, mesmo em sua estrutura infantil, têm mais poder do que imaginamos. Mas como não são levadas muito a sério, o seu poder de ação fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos. OS EXUS Seu trabalho é dirigido, principalmente à defesa dos seus médiuns e a defesa do terreiro, porém, são muito procurados para resolver os problemas da vida sentimental e material. Exu é guardião, é caminho entre a luz e as trevas, e cobrador perante à Justiça cármica. Costumam trabalhar com velas, charutos, cigarros, bebidas fortes, punhais em seus pontos riscados, pembas brancas, pretas e vermelhas . Devido ao seu temperamento forte e alegre costumam atrair bastante os consulentes , principalmente porque quando falam que vão ajudar certamente o farão. Os Exús nas sete linhas de Umbanda: Linha de Ogum: Exu Tranca Ruas das Almas, Exu tranca Ruas de Embaré, Exu Tranca Ruas das Sete Encruzilhadas, Exu Veludo, Exu Sete Encruzilhadas, Exu sete Facas, Exu da Mangueira e outros. Linha de Oxossi: Exu Marabô, Exu Tronqueira, Exu Mangueira e outros. Linha de Xangô : Exu Marabô Toquinho, Exu Labareda, Exu do Lodo, Exu Pedra Negra e outros. Linha de Yorimá : Exu Caveira, Exu Tata Caveira, Exu 7 covas, Exu Bananeira, Exu Mulambo, Exu 7 porteira e outros. Linha de Oxalá : Exu Tiriri, Exu Veludinho, Exu Gira Mundo, Exu Sete Encruzilhadas e outros. Linha de Yemanja : Todas as Pombagiras. Linha de Yori : Todos os Exus mirins. OS CIGANOS São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, de espíritos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV e XVI. Têm, na sua origem, o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais. A presença dessas entidades é rara, mas quando chegam trazem com eles todos os mistérios da magia. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza. Santa Sarah Kali é a orientadora do Povo Cigano nos trabalhos espirituais, não ocorrendo qualquer sincretismo com outra religião, uma vez que sua função é de orientação. Os Ciganos não trabalham a serviço de um Orixá específico por isso não são guardiões de um terreiro. Essa linha trabalha em paralelo e conjugada com as demais, onde o seu compromisso primeiro é com a caridade e não com nenhuma outra linha específica. Os Ciganos são protetores e não guardiões. Podem trabalhar dentro da linha de Exu; porém sem função de chefia e de guarda. Já os Exus Ciganos e Pombo Giras Ciganas são exus e pombo giras como outros quaisquer exercendo todas as funções que qualquer exu e pombo gira exercem. Em resumo: cigano é uma coisa, exu cigano é outra. Eles têm funções diferentes, embora a mesma origem cigana. Encontramos falanges diversas chefiadas por Ciganos diversos, em planos de atuação diversos. Dentre os mais conhecidos, podemos citar os Ciganos Pablo,Wlademir, Ramires, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor,Vitor e tanto outros, e, da mesma forma, as Ciganas como Esmeralda, Carmem, Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaria, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Liarin, Sarita e muitas outras também. Para a falange de Ciganos, se possível, deve ser mantido um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultuá-lo no altar normal. Esse altar deve manter imagens, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferência do Cigano em um suporte de alumínio. MARINHEIROS Os Marinheiros trabalham na linha de Iemanjá e Oxum (povo d’áqua) e sua mensagem é de esperança e força, numa alusão de que devemos desbravar o mundo exterior e o desconhecido dentro de nós, lutando para mantermos a fé e a confiança. São chefiados por uma entidade conhecida por Tarimá. São espíritos de pessoas que em vida foram marinheiros. São muito brincalhões, o plano espiritual superior os evoca para descarga pesada do templo, desta forma a eles podemos pedir coisas simples, eles não são muito dados a falar ou dar consultas. Seu trabalho é realizado em descarregos, consultas, passes, no desenvolvimento dos médiuns e em outros trabalhos que possam envolver demandas. Na realidade estes abnegados servidores da lei são verdadeiros “magos que atuam nos mistérios aquáticos” e com uma forma de atuação única dentro dos domínios da umbanda. Como magos, trazem para nós, a possibilidade de nos libertarmos de nossos entraves. A descarga de um terreiro uma vez efetuada será enviada ao fundo mar com todos os fluidos nocivos que dela provem. Os marinheiros são destruidores de feitiços, cortam ou anulam todo mal e embaraço que possa estar dentro de um templo, ou ainda, próximo aos seus freqüentadores. Nunca andam sozinhos, quando em guerra unem-se em legiões, fazendo valer o principio de que a união faz a força, o que os torna imbatíveis nesse sentido. Alguns representantes mais conhecidos: Maria do Cais, Chico do Mar, Zé Pescador, Seu Marinheiro Japonês, Seu Iriande, Seu Gererê e Seu Martim Pescador. EXU-MIRIM É mais uma falange trabalhando junto com Exu e Pomba-gira para a proteção e sustentação dos trabalhos das casas de Umbanda, realizando trabalhos de limpeza astral, cura, quebras de demandas, etc. Também chamado de Criança de Encruzo, no caso masculino e, de Pombagira-menina, em sua manifestação feminina. Pode-se dizer que os Exus e Pomba giras estão para os Exus-Mirins como os Preto-velhos estão para as crianças da Linha de Cosme e Damião. Têm como qualidade sua irreverência e com seu jeito travesso, resolvem mal-entendidos e desmancham feitiços, abrindo caminhos. São espíritos de muita força e graduação, mas sempre atendendo aos Orixás Maiores, que irão dar a ordem de bloquear a vida da pessoa e dar um basta nos erros que está cometendo. Assim como os Exus e Pomba-Giras, são portadores dos mistérios dos Orixás. A criança de Encruzo ou Exu-Mirim atua como elemento regressor para o espírito em desequilíbrio, assim como Exu atua como elemento vitalizador. Atuam nas diversas linhas da Umbanda, carregando nomes análogos ao dos Exus, conforme a linha em que atuam, como por exemplo, Caveirinha, Covinha, Calunguinha, Porteirinha (calunga), Pimentinha, Labareda, Faísca, Malagueta (fogo), Lodinho, Ondinha, Prainha (água), entre muitos e muitos outros.

NOMES DE CABOCLOS NA UMBANDA

Os nomes usados pelas entidades espirituais, que apresentam-se como Caboclos, na Umbanda podem ser nomes indígenas de pessoas, como por exemplo: Cabocla Jurema ou podem ser referências a tribos ou troncos linguísticos, como Tupinambá. Podem ainda referir-se a nomes simbólicos, usados na Umbanda, como: Caboclo do Sol. Outro fato que deve ser percebido é que alguns nomes de Caboclos, podem ser usados por falanges que vêm na vibração de dois ou mais Orixás, como por exemplo, o nome Cobra Coral, que é encontrado na vibração de Xangô ( mais comumente) e também na vibração de Oxóssi. Estarei atualizando a lista com mais nomes, após novas pesquisas. CABOCLOS DE OGUM: Águia Branca, Águia Dourada, Pena Vermelha, Sete Espadas, Espada Flamejante, Sete lanças, Tabajara, Tamoio, Tucuruvú, Sete Ondas, Sete Caminhos, Sete Matas, Rompe Fogo, Caboclo Pantera Negra, Tupuruplata, Akuan, Rompe Nuvem, Caboclo Apeiara, Araribóia, Icaraí, Rompe Ferro, Beira Mar, Caiçara, Caboclo Goitacá, Ipojucan,Itapoã, Águia Solitária, Caboclo Kaluanã, Jaguarê, Ubirajara, Rompe Aço, Caboclo Beira Mar, Caboclo Ogum Iara, Caboclo Ogum Megê, Caboclo Ogum Matinata, Caboclo Guarani, Caboclo Ogum Naruê, Caboclo Ogum das Matas, Caboclo Apecatu, Caboclo Ogum Beira Rio, Caboclo Ogum de Lei, Caboclo Ogum de Ronda, Caboclo Ibiajara, Caboclo Guaçu, Caboclo Goitacá, Caboclo Apuana, Caboclo Tibiriçá. CABOCLOS DE XANGÔ Caboclo Sete Pedreiras, Caboclo Sete Cachoeiras, Caboclo Sete Pedras, Caboclo Sete Montanhas, Caboclo Cachoerinha, Caboclo Treme Terra, Caboclo Tupã, Cobra Coral, Caboclo Itapema,Itapoã, Caramuru, Itamirim, Urubatã da Guia, Treme Terra, Araúna, Cajá, Caboclo do Sol, Itapitinga, Itaqui, Ubiratã, Itajaí, Caboclo Guaritá, Juparã Mirim, Caboclo Itatiba,Caboclo Quebra, Itapeva, Caboclo Giguaçu, Pedra, Caboclo Itaimbé, Guará, Caboclo Itaum, Caboclo Itajubá,Sete Trovões, caboclo Arranca-Toco, Pedra Preta, Caboclo Itapoã, Pedra Rôxa, Caboclo da Pedreira, Caboclo do Trovão, Itapema, Caboclo Cachoeira, Caboclo Gira Mundo, Caboclo Cubatão, Itapitinga, Caboclo Apuã, Caboclo Voturantim, Caboclo Guairá, Caboclo Itaúna, Caboclo Itabira,Caboclo Itambé, Caboclo Anajé, Caboclo Itatiba, Caboclo Itagi, Caboclo Anajé, Caboclo Itaguaçu, CABOCLOS DE OXÓSSI Sete Encruzilhadas, Mata Vírgem, Sete Flechas, Arruda, Pena Branca, Tupaíba, Tupiara, Aimoré, Tupinambá, Rompe Folha, Aracambé, Sete Matas, Junco Verde, Folha Verde, Apuava, Japiassú, Paraguassu, Asema, Pena Verde, Caboclo Jibóia, Pena Azul, Flecheiro, Caçador, Antã, Pena Dourada, Ubá, Caboclo da Lua, Apué, Caboclo da Mata, Anhaguera, Guarani, Guandú, Arapuí, Serra Azul, Sete Serras, Tapuia, Apuama, Flecha Dourada, Caboclo Uirapara, Caboclo Aymoré, Caboclo Lírio Branco, Uiba uí, Caboclo Tira-Teima, Caboclo Cipó, Caboclo Rôxo, Caboclo Jibóia, Caboclo Ubirajara, Caboclo Ubiracy, Caboclo Jiquitáia,Águia da Mata, Flecheiro do Fogo, Caboclo Apuama, Caboclo Jaguaruna, Caboclo Caiuá, Apoena, Caboclo Guarapari, caboclo Toriba, CABOCLOS DE OXALÁ Caboclo Urubatão da Guia, Caboclo Araguacy, Caboclo Ibaté, Caboclo Mauá, Caboclo Ubirajara, Caboclo Guaratinguetá, Caboclo Eté, Caboclo Jurandir, Caboclo Ventania, Caboclo Tamandaré, Caboclo Apoema, Caboclo Iandé, Caboclo Iaé, Caboclo Uanã, Caboclo Jaçanã, Caboclo Yacamim, Caboclo Ibaretama, Caboclo Cuera,Uaçaiçú, Caboclo Araguaci, Caboclo Anhaguá, Caboclo Inaiê, Caboclo Taiguara, Caboclo Yakecan, Caboclo Uirá, CABOCLAS DE OXÓSSI Cabocla Jurema,Cabocla Jacira, Cabocla Flor de Lís, Cabocla Flor da Mata, Cabocla da Mata, Cabocla da Lua, Cabocla Lírio Branco, Cabocla Angatú, Cabocla Sete Flechas, Cabocla Sete Estrelas, Cabocla Samambáia, Cabocla Jandira, Cabocla Capotira, Cabocla Indaiá, CABOCLAS DE IANSÃ Cabocla Raio de Luar, Cabocla Jussara, Cabocla Raio de Luz, Cabocla Raio de Sol, Cabocla Bartira, Cabocla Potira,Cabocla Cabocla do Vento, Cabocla Iacina, Cabocla Japotira, Cabocla da Chuva, Cabocla da Pedreira, Cabocla dos Raios, Cabocla Amanaiara, Cabocla Atiaia, Cabocla Amanacy, Cabocla do Trovão, Cabocla das Folhas, Cabocla Sete Raios, Cabocla Tempestade, Cabocla Amanara, Cabocla Tainá, Cabocla Amanacy, Cabocla Iaciara, CABOCLAS DE IEMANJÁ Cabocla da Praia, Cabocla das Ondas, Cabocla Janaína,Cabocla Aci, Cabocla Guaraciaba, Cabocla Sete Ondas, abocla Imerim, Cabocla Jaciaba, Cabocla do Mar, Cabocla Estrela do Mar, Cabocla Juracy, Cabocla Ayrumã, Cabocla Jaciema, Apenunga, CABOCLAS DE OXUM Cabocla da Cachoeira, Cabocla Assucena, Cabocla Yara, Cabocla do Rio, Cabocla do Sol, Cabocla Irani, Cabocla Saçuena, Inauê, Imaiá,Cabocla Igapira, Cabocla dos Lírios, Cabocla Jupira, Cabocla Jaci, Cabocla Iracema, Cabocla Iraí, Cabocla Iaciara, Cabocla Ibotira,

quarta-feira, 9 de março de 2016

Bebidas nos Trabalhos de Umbanda

Muito se comenta, se fala ou critica-se o uso de bebidas alcoólicas nos trabalhos de Umbanda;

Nos hospitais não se usa o álcool para limpar as mãos antes de ter contato com algum enfermo?

Não se usa álcool para limpeza de equipamentos hospitalares?

Ele serve para desinfetar nossas mãos ou materiais a serem usados de bactérias que podem ser nocivas a nós ou ao enfermo.

O mesmo se faz nos trabalhos, o álcool serve para desintegrar energias nocivas impregnada nas pessoas e assim como as bactérias não são visíveis ao olho humano, mas estão ali.

É obvio que nossos queridos Pretos Velhos, Caboclos, Baianos, Marinheiros, Compadres e todos os outros não bebem porque gostam, porque ainda tem algum apego a esse ato, mas sim para limparem a pessoa.

Não penso que quando algum guia abusa no uso da bebida, devamos perguntar-lhe qual o motivo, não acho que devamos lembrá-lo que ele precisa deixar seu médium limpo.

Penso que o guia nunca abusa, ele usa o que precisa, o abuso em minha opinião vai do médium, pois como sabemos hoje a maioria de nós médiuns somos conscientes.

Como disse o guia usa o necessário, mas nós podemos querer mais, mostrar que nosso guia é forte e elegante segurando uma taça de vinho, ou um copo de bebida destilada.

Pura inexperiência, com certeza no dia seguinte não passaremos um bom dia, imaginemos que temos um carro e nele cabem cinco pessoas, mas precisamos colocar 10 pessoas ali, impossível, o mesmo acontece nos trabalhos, se nosso guia usou dois copos de vinho, ele ira levar os mesmos dois embora, ficando o que bebemos daí para frente sobre nossa responsabilidade.

Com o tempo com certeza nossos médiuns mais novos vão aprendendo a controlar essa ânsia, mas o mais importante em minha opinião é não culpar o guia, dizendo que ele não levou tudo embora, isso é uma covardia, é fácil usar essa desculpa, difícil é assumir nossa falha...

Isso acontece mais frequentemente do que imaginamos, o importante é tirar lição disso e ter certeza que os trabalhos de Umbanda são sérios, erros todos cometemos, mas persistir no erro ai sim o médium estará se desvirtuado.

Confesso que a uns cinco anos após um trabalho de Marinheiros, passei por essa experiência, foi muito confusa, muito constrangedora para mim, pois sei que falhei, mas em momento algum cobrei meu querido amigo Zé do Porto por isso. Daí para frente meu controle melhorou e graças a Oxalá não passei mais por isso.

Assumir uma falha como essa é difícil, mas necessário para outros não passem pela mesma situação.

Exu - Relação com o Fumo e a Bebida

“Porquê Exu fuma e bebe?”
A Umbanda, seus médiuns, os espíritos que nela trabalham e, em particular, os espíritos que trabalham na linha de Exu são alvos de muitas críticas devido ao uso da bebida alcoólica e do fumo durante alguns trabalhos.  Essas críticas baseiam-se no conhecimento, com o qual concordamos plenamente, de que o vício e a mediunidade responsável são incompatíveis.  Por isso, a Umbanda é comumente associada a espíritos ainda muito apegados à matéria e/ou a médiuns despreparados e de precária estrutura moral.
Cientes de que não é o nome ou forma de expressão de um espírito, e sim suas obras e mensagens, que nos dá um testemunho de sua elevação moral e, assim, cientes que espíritos de diversos níveis podem vir a trabalhar utilizando-se do nome “Exu”, é natural que façamos a seguinte pergunta: Como conciliar o uso de elementos materiais, como o fumo e a bebida, com um trabalho responsável em prol da caridade, realizado por um espírito de luz?  Em outras palavras, supondo-se que o espírito de um Exu pode ser, de fato, um espírito de alta elevação moral participando de um trabalho sério, por que Exu fuma e bebe?

Sabemos que cada grupo de trabalho, cada médium e cada espírito vivem em uma realidade própria e complexa; não podemos, assim, generalizar nenhuma resposta única para essas perguntas.  Podemos, no entanto, pôr em evidência possíveis razões pelas quais uma entidade de Umbanda, e em particular um Exu, pode se utilizar do fumo e da bebida durante os trabalhos. Essas razões, cabe esclarecer, não são necessariamente mutuamente exclusivas; ou seja, elas podem atuar, e muitas vezes o fazem, em conjunto.  A lista de possíveis razões que destacamos abaixo não tem a pretensão de abranger toda a complexidade do assunto mas, esperamos, tem o potencial de ajudar o leitor interessado a entender sua delicadeza e a perceber que há, de fato, uma possível compatibilidade entre essa forma de expressão de um espírito e um trabalho responsável, de propósitos elevados.

Nos caso em que o Exu é um “Exu-de-lei”, ou seja, um espírito de moral elevada, o uso do fumo e da bebida pode ser parte de uma necessidade específica do trabalho espiritual sendo realizado.  Essa necessidade pode ocorrer em vários níveis, nos quais encontramos as seguintes possibilidades:

 1. O Exu está participando de um trabalho no qual está lidando com espíritos ignorantes que usam dos vícios da matéria; a entidade usaria desses objetos para se apresentar de uma forma que facilite a sua comunicação com e/ou seu controle sob esses espíritos ignorantes;

2. É um trabalho que necessita dos elementos químicos encontrados no fumo e na bebida para a realização de trabalhos de magia, nos quais as matérias física e perispiritual são manipuladas e transformadas no ambiente;

 3. O fumo e a bebida fazem parte da caracterização da entidade e essa caracterização ajuda na comunicação entre a entidade e consulentes que, por exemplo, associam um preto-velho que fuma cachimbo ou um Exu que bebe bebida alcoólica como legítimos e, portanto, dignos de confiança e respeito.  Muitas vezes, mesmo pessoas cultas podem levantar dúvidas quanto à legitimidade da comunicação mediúnica quando ela não involve o uso desses instrumentos de caracterização da entidade (nos quais se incluem, também, a mudança de voz ou de postura física do médium, embora esses elementos tenham suas devidas funções, como se explicará melhor em outra oportunidade).  Essa caracterização de Exu, por sua vez, é fundamentada em processos culturais desenvolvidos desde os tempos antigos e presentes no surgimento da Umbanda; basicamente, o espírito de um Exu, desde então, é caracterizado, confundido e comparado com o “diabo” apresentado pelo catolicismo nos tempos da senzala;

4. É um trabalho que visa despertar encarnados e desencarnados ao fato de que o fenômeno mediúnico realmente existe; nesse caso, os espíritos bebem e fumam muito e o médium, após a incorporação, não apresenta resquícios dessas substâncias, nem de seus efeitos, no organismo;

5. O uso do fumo e da bebida, bem como de vestimentas e outros utensílios, facilitam que o médium iniciante assimile a personalidade da entidade comunicante; são, esses elementos, instrumentos usados pela entidade para que o médium permita que a entidade se expresse sem maior influência da personalidade do médium, já que esse se torna mais flexível a uma realidade psíquica estranha à sua.  Naturalmente, essa possibilidade se aplica com mais eficiência nos casos nos quais o médium não se utiliza do fumo e da bebida quando não está incorporado;

6. O uso do fumo e da bebida por uma entidade faz parte de um resquício da maneira de trabalhar do médium, que já vem trabalhando dessa forma há várias reencarnações; faz parte da “cultura mediúnica” do médium: assim ele aprendeu, assim continua a trabalhar;

7. O uso do fumo e da bebida é um resquício da maneira de trabalhar da entidade, que já vem trabalhando dessa forma há muitos anos; faz parte da “cultura mediúnica” da entidade: assim ela aprendeu, assim continua a trabalhar. Nesse caso, no entanto, não há o vício da entidade, pois ela aprendeu a transformar e usar a matéria (na forma de fogo, fumaça, álcool, etc.), desassociando energias negativas para trabalhos de caridade;

8. O fumo e a bebida são manipulados e utilizados pela entidade para reposição energética no médium;

9. O médium gosta de beber e de fumar e, consciente ou inconscientemente, tem a necessidade de fazê-lo. Aí, através do fenômeno mediúnico, ele influencia inconscientemente a forma na qual a entidade se expressa, submetendo-a a se utilizar do fumo e/ou da bebida para satisfazer a necessidade orgânica do médium, que, por sua vez, acha que a entidade é quem necessita/gosta da bebida e/ou do fumo.  Essa interferência mediúnica ocorre da mesma forma no vocabulário, falhas morais, etc, sem impedir, necessariamente, que uma entidade de luz se comunique e trabalhe na caridade, embora essa comunicação sofra a interferência negativa do médium;

10. Em uma variação da possibilidade descrita acima, também é possível que o médium está em um processo de resgate cármico, e passa a usar, dessa vez para propósitos de caridade, elementos que, em outras vidas, ele utilizou para sustentar vícios;

11. O uso do fumo e da bebida podem ser parte de um acordo entre o médium e as entidades que trabalham com ele, o qual foi feito antes mesmo da encarnação do médium e se relaciona às necessidades de crescimento espiritual específicas do médium e/ou de seu grupo de trabalho. Nesse caso, o médium e/ou as entidades assumem o compromisso de trabalhar com esses elementos durante toda a encarnação do médium ou somente por parte dela, por uma ou algumas das razões expostas acima.  Essa possibilidade explica em parte a variedade de formas nas quais se vê Exu trabalhar (ou “ser cuidado”) em diferentes casas de Umbanda.

Finalmente, nos casos em que o Exu é um exu-quiumba, o que temos é um espírito ainda preso aos vícios da matéria que se utiliza de um médium despreparado para a extração de fluidos que saciem seu vício momentaneamente. Em certos casos, além de saciar o vício, esses espíritos podem se utilizar da energia contida nessas substâncias e no médium para a realização de trabalhos de transformação e manipulação da matéria para influenciar encarnados ou desencarnados.

Relatamos acima algumas possíveis razões pelas quais podemos ver um espírito na forma de um Exu fumando e/ou bebendo durante trabalhos mediúnicos. Feito isso, fica clara a importância de se lembrar da necessidade que tem o médium de buscar e desenvolver a sua responsabilidade e disciplina perante o mediunato.  Nos casos nos quais o uso de tais substâncias não fazem parte do programação superior para a encarnação do médium e/ou não são componentes de um processo natural do desenvolvimento da mediunidade, os descuidos do médium o levam a utilizar desses vícios durante a comunicação mediúnica, o que é muito prejudicial à entidade comunicante e ao próprio médium. Somente o equilíbrio e a segurança possibilitarão que o médium exerça as suas faculdades sem os desequilíbrios mencionados acima.

Infelizmente, pela falta de consciência de que cada médium processa sua mediunidade de uma maneira diferente do outro, por ser um indivíduo com características próprias, muitos médiuns são levados a uma conduta perante a mediunidade que simplesmente espelha a realidade de outro médium. É essencial que se entenda que é dentro do coração e da mente de cada médium que a entidade comunicante encontrará todos os requisitos necessários para o desenvolvimento de um trabalho baseado na realidade do mediador, que segue o programa natural para o seu desenvolvimento espiritual bem como o do grupo que o cerca.

Conclui-se, assim, que, de forma geral, nenhuma entidade de luz no trabalho da Umbanda necessita do fumo e da bebida no plano físico, através do médium. Isso se dá porque as entidades podem se utilizar de outros elementos equivalentes ou podem criar esses elementos espiritualmente, na maioria dos casos nos quais eles realmente fazem parte do trabalho da entidade.  No entanto, fica claro também que uma entidade iluminada pode se servir de tais objetos na prática do ritual conforme a necessidade do médium, do grupo, e do trabalho específico.  Além disso, concluí-se também que essas necessidades podem ser compatíveis com um trabalho de caridade sério e responsável.

Humildade na Umbanda

Acho sempre esse tema muito vasto,principalmente quando se trata de ''Humildade na Umbanda'', pensei em fazer este post quando lembrei de uma situação que aconteceu comigo.

Quando eu comecei na Umbanda  era extremamente curiosa e muito empolgada,no terreiro no qual eu frequentava, existiam giras duas vezes na semana,e eu na ânsia de aprender ia a todas, lá era permitido escolher as entidades que você mais ''gostasse'' e eu sempre escolhia ir com um determinado Preto velho (pois toda semana tinha gira de preto velho). Até que um dia um cambone virou para mim e perguntou com um ar arrogante :

— O que, mas você veio pedir?
Eu muito encabulada respondi:
— Nada.

Tanto porque realmente eu não ia em busca de milagres, eu ia por que gostava, porque queria estar lá e tinha um grande apreço pelo Preto. Chorei dias e dias me sentido muito humilhada, pois a forma como falou comigo, tinha um ar de desdém misturado com soberba.

Hoje acho que aquela situação ocorreu para que eu aprendesse o valor de ser uma pessoa humilde e como podemos julgar e magoar uma pessoa que mal conhecemos.

Irmãos... a Umbanda é um livro em branco,assim como a vida somos nós que escrevemos o próximo capitulo, sejamos pessoas mais acessíveis, independente de ser Médium, Cambone, Ogã ou da Assistência, todos temos um papel a ser cumprido junto a espiritualidade,ser da corrente não te faz melhor, estar na mesma tenda a 20 anos não te faz melhor, ter ''AQUELE'' guia não te faz melhor. SOMOS IGUAIS.

Ter algumas roupas brancas e uma porção de guias no pescoço não te faz UMBANDISTA. Fazer a caridade sem se perguntar se aquele que a recebe é merecedor, estar com o corpo cansado e mesmo assim doá-lo a caridade, estar sem um real no bolso para a passagem de ônibus e ir para a tenda a pé mesmo essa sendo longe, isso sim te faz Umbandista. Então vamos tentar não confundir muito as coisas.

E lembrar sempre: HUMILDADE é a base da evolução.

O Que Significa Mojubá e Laroiê?

Mojubá é a saudação para Exu (da cultura nagô), o mensageiro, o que comunica aos homens a vontade dos Orixás e, a estes, leva o pedido dos homens.

Alguns dão o significado da palavra Mojubá como sendo “Apresentando meu humilde respeito”, no entanto, a palavra é comumente utilizada como um título, uma louvação que significa respeito e reconhecimento da grandeza e magnitude da entidade EXU.

Alguns acham que MOJUBÁ significa “REI” ou ainda que Mojubá seja uma saudação, como um comprimento que se faz a quem se tem respeito, a palavra também é utilizada para dizer que a pessoa é respeitada, portanto também faz analogia com outra palavra: "grande".

Na Umbanda usamos esta saudação para Exu e Pomba Gira onde dizemos:

Exu Mojubá ou Exu é Mojubá

Pode se entender por: “Exu eu te saúdo” ou “Exu é Grande, te reverencio”...

No dialeto Yorubá, podemos entender que Mojubá significa “meus respeitos”, sendo escrito da seguinte forma:

Mo jubá = meus respeitos

Aproveitando, vamos entender o que Significa LAROIÊ

  
Laroiê é uma palavra que significa “pessoa muito comunicativa”

Laroiê Exu! = Mensageiro, Exu!

Exu é Mojubá = Exu a vós meus respeitos!

Exus precisam Beber?

Pergunta: O pai poderia discorrer um pouco sobre o uso da bebida pelos Exus? É necessário que se beba durante o atendimento? E por que vemos médiuns beberem tanto em alguns trabalhos?

Guardião Seth: Quando falamos da água ardente, pinga, marafo ou qualquer outra denominação para a bebida ingerida durante os trabalhos com o que ainda de forma erronea entendem sobre o termo EXU ou vulgarmente chamados de ESQUERDA, devemos atentar para os seguintes pontos filho:

- MÉDIUNS DESPREPARADOS: Sempre abordamos este ponto em nossas reuniões, pois a conotação de que EXU é do diabo cresceu graças a estas figuras dentro dos terreiros que eventualmente também eram casas despreparadas para o mediunato da Umbanda. Na crença de que EXU pode tudo e faz tudo o que quer era levado em conta o EU POSSO TUDO E FAÇO TUDO O QUE DESEJO, então quem frequentava tais reuniões vislumbrava um palco de exagero e indisciplina, beberagem e leviandade levando o nome de EXU o GUARDIÃO, mas na realidade frequentado por dois tipos de seres levianos: QUIUMBAS que encontravam neste cenário o palco ideal para suas manifestações a troco de cachaça e MEDIUNS DESPREPARADOS que colocavam para fora sua vida mal resolvida por dentro e no meio de tudo isso quem pagava o pato? EXU.

- ELEMENTO VEGETAL: A pinga utilizada nos terreiros nada mais é do que um elemento vegetal que carrega a energia: TERRA, ÁGUA e FOGO pela sua composição e lembrando que no período de formação da cana de açúcar antes que duvidem da palavra deste velho guardião encontramos a ação FOGO no vento solar que fatora todo nosso planeta. Utilizada como elemento de magia não se faz necessário beber-se durante o atendimento, mas como disse nas mãos de um guardião de lei, manipular os elementos "mágicos" vegetais que a contra parte deste liquido nos oferece, tornando-o um grande campo de limpeza energética.

Usamos a pinga nos atendimentos para:

·    Limpar o duplo etéreo de quem estamos atendendo de parasitas que nele estejam alojados

·              Desagregar cascões espirituais ligados a pessoa devido a seu padrão vibratório

·        Efetuar limpezas energéticas de ambientes promovendo uma energia semelhante ( eu disse semelhante) ao vento solar
Como pode ver filho não existe a necessidade de ingestão da bebida em si, mas a manipulação correta magisticamente do elemento.

Pergunta: Mas por que então vemos tantas pessoas agindo de forma errada?

Guardião Seth: Por que falta estudo, conhecimento de causa e acima de tudo conhecer-se a si próprio. A Umbanda virou um teatro, um palco onde um quer devorar o outro sem motivos, somente por fama ou ainda para agregar titulo " O pai ou mãe tal é poderoso" ou ainda " Somente eu posso iniciar, pois este mistério foi aberto somente a mim...", ora filho a Umbanda é uma religião que cultua a natureza e a mesma pertence ao Criador não ao homem, este só a usa em sua passagem e faz isso de forma leviana, basta ver como ele a esta destruindo.

O que falta é estudo, bom sendo e amor a criação, talvez com estas bases possam os MÉDIUNS conhecerem um pouco mais da MAGIA DE EXU e serem mais conscientes de seus atos e compromissos com a Umbanda, deixando de fazer tanta besteira em nome de EXU, mas antes de mais nada levando a bandeira da UMBANDA consciente de sua responsabilidade na formação de opiniões.

Sarava a vossa banda!

Oração a Santa Sara

(Antes de iniciar a oração, colocar uma garrafa com água potável)

Sarah, Sarah, Sarah!


Fostes escrava de José de Arimatéia, no mar foste abandonada.

Teus milagres no mar se sucederam e como santa te tornaste; à beira do mar chegaste e os Ciganos te acolheram.
(Faça o seu pedido: amor, saúde, dinheiro, felicidade, etc.)

Sarah, Rainha, Mãe dos Ciganos, tu os ajudastes e eles te consagraram como sua protetora e mãe vinda das águas

Sarah, mãe dos aflitos, a ti imploro proteção para o meu corpo, luz para os meus olhos enxergarem até no escuro, luz para o meu espírito.

E amor para todos os irmãos de todas as raças.

Aos pés de Maria Santíssima, tu Sarah, me colocarás, e a todos aqueles que me cercam, para que possamos vencer as agruras que a terra nos impõe.

Sarah, Sarah, Sarah!

Não sentirei dores nem temores; espíritos perdidos não me encontrarão; e a todos os que me desejam o mal, tu com as águas me farás vencer.
(Tomar três goles de água, pedindo o que desejares,)

Sarah, Sarah, Sarah!

Não sentirei dores nem temores; como as caravanas passam, no meu interior tudo passará.

A união comigo ficará, teus ensinamentos deixarás, e sentirei o perfume das caravanas que passam, deixando rastros de alegria e felicidade.

Amai-nos, Sarah, para que possamos ajudar a todos que nos procurem.

Ajudado(a) pelos poderes de nossos irmãos ciganos, serei alegre e compreensivo(a) com os que me cercam.

Corre no céu, corre na terra, corre no mundo;

E, Sarah, Sarah, Sarah, sempre na minha frente estarás.

Assim como os ciganos pedem:

“Sarah, fiques sempre na minha frente, sempre atrás de mim, no meu lado direito e no meu lado esquerdo”, e assim dizendo somos protegidos como os ciganos; e tu, Sarah, me ensinarás a caminhar e a perdoar.

(Rezar três Ave Marias: a primeira para Santa Sara; a segunda para os guias espirituais de luz; e a terceira para você, seguida de um Pai Nosso)