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quarta-feira, 9 de março de 2016

Sonhos e Projeção astral

Por que fazemos coisas nos sonhos que não fazemos quando estamos acordados? Por que temos um comportamento tão diferente nos sonhos?
Essas questões perturbam muita gente. Todos os dias recebo perguntas sobre os sonhos – vale lembrar que eu não interpreto sonhos. Mas o que realmente perturba as pessoas são determinadas atividades recorrentes que acontecem durante o período de sono físico: brigas, uso de drogas, e, principalmente, sexo. Quando essas experiências acontecem com plena lucidez, então, o desconhecimento do assunto pode fazer tudo parecer assustador.

Boa leitura!
Morel, gostaria de te agradecer profundamente pelos teus artigos e teu trabalho de esclarecimento como um todo. Apesar de estudar o Espiritismo há mais de 10 anos eu nunca havia conseguido compreender bem essa diferença que temos quando estamos desdobrados ou quando estamos no estado de vigília.
Para tirar as minhas dúvidas gastei horas e horas lendo teus artigos, as dúvidas dos leitores e as tuas respostas a eles e fiz uma compilação.
Muito obrigado pelo teu trabalho de esclarecimento, Morel. Que a Providência Divina te dê muitas forças para continuar nos ajudando.
Os sonhos podem ser comuns, reflexivos ou espíritas.
Sonhos comuns são a continuação de nossas disposições físicas ou psicológicas. Por exemplo: quando você vai dormir com fome e sonha com comida, ou quando você terá uma entrevista de emprego no dia seguinte e sonha com a entrevista.
Sonhos reflexivos são fragmentos de lembranças, dessas ou de outras existências.
Sonhos espíritas são a atividade durante o sono. São aqueles sonhos que parecem que são reais – e na verdade são.
André Luiz nos afirma que três em cada quatro pessoas buscam prazeres em zonas astrais inferiores durante o período de sono. É preciso reconhecer que a maioria, ao se projetar do corpo físico durante o sono, vai em busca daquilo que mais ocupa o seu pensamento durante o dia, no estado de vigília (que de vigília tem muito pouco) – assim será nossa ação, ativa ou passiva, à noite, durante o período de sono.
Assim, os que são raivosos no estado de vigília lutam com seus inimigos durante o repouso do corpo; o viciado é atraído pelo vício; o erotizado é atraído pelo sexo. É comum a procura por vícios de toda espécie: álcool, drogas, jogo, negócios escusos. Inimigos se encontram para brigar, criminosos voltam ao local do crime, ladrões roubam, fofoqueiros fazem intrigas, invejosos sabotam, rancorosos praticam vinganças. O sexo é, disparado, o maior atrativo para esses festeiros.
No plano físico nós desenvolvemos uma determinada personalidade. Você nasceu em uma determinada família, teve uma certa criação, conviveu com pessoas, viu e ouviu coisas, entrou em contato com cultura, religião, valores, opiniões, e foi se moldando conforme foi crescendo.
Você não é no dia-a-dia como você é de verdade. Mesmo que você seja uma pessoa boa, autêntica, sincera, leal, correta. Isso é o papel que você representa, como numa peça de teatro. É claro que, se você interpreta um papel bom assim, é porque você já desenvolveu, ao longo de inúmeras existências, condições para dar conta deste papel. Um espírito menos experiente que você, ou menos esforçado, menos esclarecido, não teria condições de desenvolver uma personalidade como a sua, mesmo que tivesse sido criado com os melhores cuidados e com muito amor.
Muitas pessoas são surpreendidas com a diferença de personalidade que apresentam em sonho, quando estão desdobradas. Nos sonhos não nos comportamos da mesma forma que no estado de vigília (acordados). Nos sonhos não temos o chamado da matéria a nos lembrar compromissos, obrigações, deveres e valores morais impostos pela sociedade. Nos sonhos “cai a máscara”. Se no momento em que desencarnamos a máscara cai, é bom saber que durante o sono também.
O que pensamos ou julgamos no estado de vigília não é necessariamente o que acreditamos intimamente. Temos freios sociais, temos valores que cultivamos, temos leis e normas de conduta a seguir, temos ideais ético-moral-religiosos. Mas não somos só isso, não somos apenas essa aparência encarnada. Somos espíritos com experiências milenares tentando, aos poucos, nos desvencilhar de nossas fraquezas.
Quando o nosso corpo físico repousa, nos libertamos parcialmente e a superfície de nossa consciência – aquilo em que normalmente acreditamos – não tem mais tanto valor. Às vezes não tem valor nenhum. Enquanto o nosso corpo físico repousa, durante o sono, ficamos parcialmente libertos e damos vazão ao que somos intimamente.
Não somos apenas o que aparentamos ser. Quando estamos acordados, temos que seguir normas impostas pela sociedade, nos freamos a nós mesmos. Ao dormirmos, tomamos contato com outros níveis de consciência. Sempre atraímos os espíritos que se afinizam conosco. Durante o sono, mantemos atividade com eles.
Os espíritos que vêm até nós em busca de sexo querem roubar nossas energias. Como não têm mais o corpo físico, precisam das energias de um encarnado para se manterem como eram quando encarnados – cheios de vícios e apegados à matéria.
É muito comum fazermos coisas, em sonho, que não faríamos acordados. Quando despertos, temos freios morais, temos propósitos, que nos foram ensinados ou que nós mesmos escolhemos, de não fazer certas coisas. Mas o que somos quando estamos acordados é apenas uma parte do que somos integralmente. Não temos, durante o sono, o mesmo nível de consciência que no estado de vigília. A pessoa que você é quando está acordada é a parte mais superficial do espírito imortal que você é.
Quando estamos desdobrados pelo sono físico, assumimos um nível mais profundo de consciência sobre o qual temos menos domínio, pois ele não está sujeito aos medos e convenções morais que costumamos adotar. Para mudar esse quadro é preciso levar a sério o controle dos pensamentos. Não se muda da noite para o dia; nossos costumes são muito antigos e precisamos persistir em nossos novos propósitos para vencermos as nossas próprias fraquezas.
Se uma pessoa que é viciada em pornografia ou qualquer outro vício, no seu estado de vigília, toma conscientemente a decisão de abster-se de pornografia, provavelmente seu espírito continuará por um período buscando o vício no plano astral. Mas para deixar de consentir com nossas antigas fraquezas é preciso mudar profundamente, não apenas a superfície – por isso chamamos de reforma íntima.
Você precisa ocupar-se com novas atividades, ocupar a mente com coisas construtivas, ler muito sobre assuntos ligados à espiritualidade, orar e controlar o pensamento. Quanto mais você ocupar o seu pensamento com assuntos elevados, mais difícil será você acessar essas vibrações baixas durante o sono.
A tendência é que nos ocupemos, durante o sono, com as coisas que ocupam o nosso pensamento, consciente ou inconscientemente, durante o estado de vigília. Se você desenvolver novas atividades, novos padrões positivos de pensamento, em pouco tempo estará com a sintonia mais elevada e irá ocupar-se, pouco a pouco, com os novos assuntos durante o período de sono.
Sempre que formamos um novo propósito e o colocamos em prática demora ainda algum tempo para que isso seja colocado em prática também no plano astral. O grande problema de muitas pessoas é que elas têm um comportamento aqui, no plano físico, mas o seu subconsciente permanece tomado pelos comportamentos antigos. E todas as noites, quando o corpo físico repousa e o espírito se vê parcialmente liberto da matéria, continuam praticando os seus comportamentos antigos no plano astral. Boicotam a si mesmas.
Só conseguiremos dominar a nós mesmos seguindo o ensinamento do mestre dos mestres: orando e vigiando. A oração nos conecta com Deus e vigiar os nossos pensamentos eleva nossa sintonia e vibração.
É preciso que os novos hábitos e pensamentos estejam plenamente incorporados no seu cotidiano, que você os tenha como uma verdade natural e segura, para que esses novos valores sejam seguidos e sentidos também enquanto você estiver desdobrado no plano astral. Leva algum tempo até convencermos nosso íntimo de que mudamos.
A energia que despendemos no desejo sexual pode ser canalizada para coisas mais construtivas e úteis. É a mesma energia utilizada nos processos criativos, nas artes, nos esportes. Mas para isso é preciso um adiantamento moral que muitos de nós ainda não temos. Ou algum conhecimento do assunto e muita vontade. Com vontade quase tudo é possível.

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